Convidado pela primeira vez para ser país parceiro no maior evento de tecnologia do mundo, a CeBIT 2012, o Brasil teve grande representatividade leopoldense. Das mais de 100 empresas brasileiras, que participaram do evento ocorrido em Hannover, na Alemanha, de 06 a 10 de março deste ano, seis eram do município. As empresas convidadas foram: SBPA, Veza, M3Corp, Neteye, Defenda e Lung. Juntas estas empresas fizeram 158 contatos empresariais e comerciais e firmaram 76 novos negócios com potencial de geração de cerca de 9 postos de trabalho como resultado da participação.
O evento, além de proporcionar experiências inéditas aos empresários, possibilitando contatos valiosos e oportunidades de novos negócios, serviu de vitrine para a capacidade tecnológica de São Leopoldo tanto para o mundo quanto para o Brasil, devido à presença da presidente Dilma.
Um dos principais ganhos da CeBIT para o município, segundo a diretora executiva do Parque Tecnológico Tecnosinos, Susana Kakuta, foi o conhecimento de atores centrais sobre o tema da indústria de TI brasileira, de suas oportunidades e desafios, da sua necessidade de políticas setoriais especificas que possam promover assimetria com países importantes nesta economia global. “Outro ganho importante diz respeito à externalidade positiva do setor de TI para o mundo, devido à presença empresarial massisa na feira, que contou com a participação de mais de 70 países”, afirmou Susana.
Para o secretário de Desenvolvimento Econômico e Social de São Leopoldo (Semedes), Jorge Kuhm, o Parque Tecnológico teve participação plena na Feira, com todas as suas hélices: empresas, universidade e governo municipal. Assim, o evento proporcionou ao parque e seus empresários, experiências inéditas graças aos contatos feitos, às conferências, e às oportunidades que se abriram para novos negócios.
Uma das empresas participantes como visitante foi a LZA Serviços de Processamento de Dados Ltda. – VEZA. O objetivo era articular parcerias para representação de soluções inovadoras nas áreas de softwares de gestão. Segundo Fabio Vencato, sócio diretor da empresa, a feira foi uma verdadeira vitrine de negócios “Havia muitas empresas dispostas a investir no Brasil, o que facilitou muito o diálogo” afirmou Vencato. Ao final do evento, o empresário firmou parceria com empresa austríaca com operações nos EUA para representar o produto deles no Brasil.
Para Fábio Santini, sócio diretor da empresa Neteye, a participação na CeBIT foi fundamental para o plano de expansão da empresa. “Várias portas se abriram devido aos importantes contatos que fizemos. Visitar essas pessoas seria totalmente inviável, mas o contato é possível graças a esse tipo de evento. Uma exemplo foi a reunião feita com o diretor de uma empresa, da Romênia responsável por toda a América Latina, com quem firmamos parceria”, disse.
Além das parcerias e os novos negócios, a possibilidade de encontrar outros empreendimentos e linguagens os participantes do evento puderam visualizar melhorias para seu negócio ou serviço. É o que conta Fernan Karl, sócio diretor da Defenda Consultoria em Segurança da Informação Ltda. “Podemos participar de palestras e debates na nossa área de atuação, que foram muito importantes para sabermos o que está sendo discutido no mundo e como pode nos afetar. Também vislumbramos a possibilidade de trazer novos serviços para São Leopoldo, formamos parcerias internacionais com a Índia e a Inglaterra e agora estamos aproveitando o que vimos por lá”, afirmou Karl.
Outro aspecto percebido por Jorge Kuhn durante o evento foi a importância e o respeito que tem o Parque Tecnológico fora do país, especialmente entre os parques tecnológicos da América Latina.
Segundo Kakuta, a ideia é, no próximo ano, estar lá de novo, reafirmando a presença brasileira e leopoldense, por meio do parque, na economia global.
A participação na maior feira de tecnologia mundial mostrou que São Leopoldo, através de seus investimentos e do Tecnosinos, que tem uma administração de referência, a tríplice hélice, está pronta para receber investimentos e alavancar a economia do setor.